Ergonomia no Trabalho x Produtividade: entenda essa relação

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Quando o assunto é produtividade, seja em ambientes home-office ou corporativos presenciais, uma série de dicas é discutida e tomada como o segredo do sucesso. Prática de atividades físicas, meditação, listas de tarefas, dentre outros. No entanto, há um aspecto que é frequentemente esquecido: a ergonomia no trabalho.

Entende-se por ergonomia no trabalho a ciência que estuda e analisa as condições laborais. O termo vem do grego, onde ergon significa trabalho e, nomos, leis ou normas.

Mesmo estando diretamente ligada a saúde do funcionário, a falta de cuidado com a ergonomia traz resultados negativos para a empresa – que sofre com a queda de produção e redução de capital devido a afastamentos médicos, possíveis indenizações, novos treinamentos e por aí vai.

Então, é fato: ergonomia no trabalho e produtividade estão amplamente relacionadas. E é sobre este tema que trata nossa discussão. No artigo de hoje você refletirá sobre:

  • a Norma Regulamentadora que trata da ergonomia no trabalho;
  • os benefícios de manter um ambiente de trabalho saudável;
  • como transformar a sua empresa em um local ergonômico e produtivo.


Fique conosco e continue a leitura!

NR 17: o que a lei diz sobre a ergonomia no trabalho?


Antes de tudo, é interessante compreender os aspectos legais que permeiam a ergonomia no trabalho. Aqui no Brasil,
este assunto é regido pela NR 17, proposta pelo Ministério do Trabalho e Emprego. 

A norma, que serve de base para empresas de todo o país, dita as condições que devem ser consideradas no ambiente de trabalho, priorizando as necessidades físicas e psicológicas de cada colaborador.

O ideal é que o funcionário exerça suas atividades diárias com segurança, conforto e, principalmente, de maneira saudável.

A seguir, alguns dos principais pontos regulados pela NR 17 que você precisa ter em mente:

  • Realização da Análise Ergonômica do Trabalho: relatório que atesta informações referentes a atividade laboral. Neste relatório são informados, de forma detalhada, as atividades que o profissional exerce, os fatores de risco e as possíveis inadequações do espaço.
  • Equipamentos: cadeiras ergonômicas, suporte para os pés, suporte para monitores e notebooks, assentos para descanso e bancadas próprias e em altura personalizada são alguns dos equipamentos ergonômicos exigidos pela lei.
  • Levantamento, transporte e descarga de materiais: o peso máximo individual a ser transportado por homens é de 60 kgs, enquanto mulheres e homens entre 14 e 18 anos não podem exceder os 20 kgs (se a atividade for recorrente) ou 25 kgs (para atividades esporádicas).
  • Organização do trabalho: a adequação das normas de produção, como o ritmo de trabalho, conteúdo das atividades e modo de produção, devem se alinhar às condições físicas e psicológicas do colaborador, bem como à natureza do trabalho.


Obedecer as normas propostas pela NR 17 não somente cria um ambiente saudável e produtivo, como também protege o negócio de possíveis indenizações trabalhistas no futuro – o que gera um custo desnecessário aos cofres da empresa.

O que a sua empresa ganha ao criar um ambiente favorável à saúde?


O sonho de toda empresa é ter um time engajado, proativo, produtivo e motivado, certo? E não há como realizar esse sonho se a companhia não se preocupa e não implementa ações de ergonomia no trabalho.

Ao criar um cronograma de ações focados em saúde e segurança, esteja certo de que os resultados colhidos por sua equipe serão os mais positivos possíveis. Dentre alguns benefícios que a ergonomia no trabalho pode oferecer, destacam-se os seguintes:

Prevenção de doenças ocupacionais


Já falamos em outro artigo do blog como prevenir doenças ocupacionais – e você pode ler aqui – e como elas interferem na produtividade da empresa. 

Oferecer um ambiente ergonômico, de acordo com as normas regulamentadoras, minimiza e previne o surgimento de dores nas costas, especialmente na região lombar, enxaquecas, lesões por esforço repetitivo (LER), dentre outros.

Redução no número de faltas e afastamentos


O absenteísmo – faltas e afastamentos das atividades laborais – por doenças ocupacionais é um dos grandes obstáculos das empresas. Além disso, é um fator que prejudica o ciclo produtivo e exige ainda mais esforços dos gestores.

Ao aplicar a ergonomia no trabalho, é possível reduzir a incidência de doenças e, consequentemente, necessidade de afastamentos para tratamentos. Ao oferecer uma boa cadeira para o seu colaborador, por exemplo, já é possível reduzir problemas relacionados a postura.

Valorização do colaborador


A qualidade de vida é um dos aspectos mais valorizados pelo colaborador. Então, se ele percebe que a empresa se preocupa com ele, investe em ergonomia e compartilha boas práticas, elevam-se os níveis de confiança, otimismo e produtividade.

Não é matemática, mas é tão exato quanto. Colaboradores felizes, saudáveis e satisfeitos rendem mais, já que se sentem motivados a buscar resultados!

Dicas de ergonomia que resultam em alta produtividade


É válido destacar que um ambiente ergonômico não promove resultados positivos apenas dentro da empresa. Quando um colaborador exerce suas atividades com segurança e saúde, sua vida pessoal decola. 

Desta forma, com menos preocupações, mente e corpo são, o colaborador sente-se ainda mais engajado e motivado a exercer suas atividades diárias com maestria e excelência, bem como se envolver integralmente com sua equipe!

Há algumas dicas de ergonomia que auxiliam nessa busca por mais produtividade. Elencamos algumas abaixo para você.

Ginástica laboral – Muitas empresas já adotam essa prática em seus expedientes. Realizada antes, durante e depois da jornada de trabalho, as sessões duram no máximo 15 minutos e auxiliam na prevenção de lesões por esforço repetitivo, reduzem a ansiedade e os elevam e promovem o relaxamento.

Pequenas pausas durante o expediente – A maioria das atividades exercidas dentro de escritórios e no operacional possuem caráter repetitivo. Sendo assim, é interessante realizar pausas estratégicas durante o dia, a fim de descansar e relaxar o corpo e a mente. O ideal é manter uma pausa a cada 45 minutos.

Iluminação confortável – Ambientes mal iluminados afetam diretamente a produtividade e saúde do colaborador resultando, inclusive, em doenças oftalmológicas. Por isso, é necessário conferir se o espaço possui iluminação natural suficiente e se a mesma perdura durante todo o expediente. Apostar em iluminação de apoio junto à natural é uma decisão inteligente.

Equipamentos e mobiliários ergonômicos – Como comentamos no tópico sobre a NR 17, a empresa deve oferecer equipamentos e mobiliários ergonômicos. Essa, na verdade, é uma das premissas para manter a saúde laboral dos colaboradores. A utilização de cadeiras ergonômicas, suportes e apoios devem ser avaliados.

 

Uma empresa que se preocupa com a ergonomia no trabalho, investe no longo prazo. Se você deseja aprofundar seus conhecimentos neste tema e obter novos insights, leia nosso conteúdo que aborda as mudanças nas normas de saúde e segurança do trabalho!

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