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O novo papel do RH em ambientes multigeracionais

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O papel do RH em ambientes multigeracionais

O papel do RH nas empresas está cada vez mais desafiador diante da diversidade geracional crescente, que exige soluções para uma gestão eficaz. Uma pesquisa da Forbes mostra que 8 em cada 10 lideranças ainda enfrentam dificuldades para comandar equipes compostas por diferentes gerações, principalmente devido à variedade de estilos de comunicação e expectativas profissionais. Essa diversidade pode gerar conflitos internos e reforçar a necessidade de estratégias específicas para integrar todos os grupos.

Ao mesmo tempo, o Panorama de RH e CI 2025 do BWG revela que 48,1% dos profissionais de RH possuem mais de 10 anos de experiência na área. Essa maturidade influencia significativamente a adoção de novas práticas de gestão, favorecendo uma transformação cultural que equilibra expertise consolidada com inovação tecnológica.

Um dado complementar aponta que 65% das organizações ainda não contam com programas estruturados para promover a integração efetiva das gerações no ambiente de trabalho. Isso mostra que, embora o papel do RH esteja assumindo um caráter mais estratégico, ainda há um caminho a ser percorrido para garantir ambientes colaborativos e inclusivos para todas as faixas etárias.

Essas informações evidenciam que o papel do RH precisa conciliar a experiência dos seus profissionais com a necessidade constante de adaptação, inovação e promoção de uma cultura que possibilite a convivência produtiva e harmoniosa entre todas as gerações.

Desafios do RH na gestão multigeracional

A gestão multigeracional envolve principalmente quatro desafios:

Comunicação diversa entre gerações

Um dos principais desafios para o papel do RH é a multiplicidade de estilos e canais de comunicação preferidos por diferentes gerações. Os profissionais mais experientes costumam preferir encontros presenciais e diálogos formais, valorizando clareza e segurança na troca de informações. Em contrapartida, colaboradores mais jovens tendem a priorizar mensagens rápidas, plataformas digitais e uma comunicação mais informal.

Essa diferença na forma de se comunicar pode resultar em interpretações equivocadas, atrasos em processos e até o distanciamento entre equipes. O RH precisa atuar como mediador, incentivando o uso de múltiplos canais e a adaptação do tom conforme o perfil do time, promovendo treinamentos que ampliem a empatia e desenvolvam a escuta ativa entre os grupos.

Valores e expectativas distintos

A diversidade de valores e expectativas é marcante entre as gerações. Pessoas com mais tempo no mercado demonstram grande apreço pela estabilidade, reconhecimento formal e benefícios tradicionais, enxergando neles sinais de respeito e merecimento. Já as novas gerações buscam sentido no trabalho, inovação constante, oportunidades de crescimento e não abrem mão de flexibilidade para equilibrar vida profissional e pessoal.

Esse contraste exige que o papel do RH seja orientado à personalização. Políticas precisam contemplar diferentes pacotes de benefícios, trilhas de carreira customizadas e ações de engajamento que considerem tanto o desejo de permanência quanto a busca por desafios dinâmicos. O segredo está em ouvir cada grupo e propor soluções ajustáveis.

Estilos variados de trabalho

Outro ponto sensível para o papel do RH é o convívio entre modelos de trabalho diferentes. As gerações mais antigas prezam processos estruturados, clareza de regras e hierarquias bem definidas, enquanto as gerações mais novas priorizam dinâmicas colaborativas, autonomia e entregas orientadas por resultados e inovação.

Conciliar essas expectativas requer promover o diálogo e criar espaços para que todos participem da definição das rotinas. O RH pode liderar a adoção de práticas híbridas, introduzindo metodologias ágeis onde for possível, mas sem descartar a estrutura mínima que garante a missão da organização. A flexibilidade se torna viável nesse processo.

Etarismo Vs. falta de experiência

Além dos estereótipos tradicionais, o papel do RH também envolve o enfrentamento do etarismo, que é preconceito baseado na idade, e do preconceito relacionado à pouca experiência profissional. Profissionais mais jovens podem ser vistos como inexperientes, imaturos ou menos comprometidos, enquanto colaboradores com idade avançada podem ser injustamente rotulados como resistentes a tecnologias, mudanças, ou ter sua capacidade de execução de determinadas tarefas questionada.

Esses preconceitos criam barreiras: dificultam o desenvolvimento dos jovens talentos e também limitam a valorização do conhecimento acumulado pelos mais experientes. O RH deve implementar práticas que valorizem igualmente o potencial, a capacidade de aprendizado e a contribuição de todos, independentemente da idade ou tempo de atuação.

Programas de integração, treinamentos que abordem o etarismo e o preconceito por falta de experiência, além de políticas claras de promoção da diversidade etária, são fundamentais para criar um ambiente mais justo e colaborativo. A promoção da mentoria reversa, onde diferentes gerações aprendem umas com as outras, também ajuda a derrubar esses preconceitos, mostrando que a experiência e a inovação podem coexistir e se complementar.

Estratégias para o papel do RH em ambientes multigeracionais

Para lidar com esses desafios, o RH pode aplicar algumas estratégias:

  • Comunicação integrada: Combine reuniões presenciais, plataformas de comunicação interna e chats. Capacite líderes para ajustar a linguagem conforme a geração do público para reduzir ruídos.
  • Programas personalizados: Ofereça planos de carreira estruturados e reconhecimento formal para as gerações mais experientes, enquanto implementa mentorias com feedbacks constantes e treinamentos ágeis para as gerações mais jovens.
  • Flexibilização: Estabeleça políticas que combinem trabalho híbrido, agendas flexíveis e metodologias colaborativas, envolvendo as equipes na criação de ações para aumentar o engajamento.
  • Educação: Promova treinamentos sobre diversidade geracional e políticas claras contra discriminação para eliminar estereótipos e ampliar a colaboração.

Perguntas frequentes

1. Qual é o maior desafio para o RH em ambientes multigeracionais?
Integrar diferentes formas de comunicação, valores e estilos de trabalho para construir uma equipe produtiva e colaborativa, minimizando conflitos.

2. Como o RH pode promover a colaboração entre as gerações?
Adotando comunicação integral, mentorias reversas e treinamentos sobre diversidade geracional, junto a políticas claras contra preconceitos como o etarismo.

3. Por que o trabalho híbrido é importante nesse cenário?
Ele oferece flexibilidade para acomodar as preferências variadas, elevando a satisfação e a produtividade das equipes.

4. Como o RH deve se preparar para as futuras tendências?
Investindo em tecnologias, personalizando a experiência, e fortalecendo a gestão da diversidade e do bem-estar dos colaboradores.

O papel do RH hoje e amanhã

O papel do RH já está profundamente impactado pelas mudanças nas formas de trabalho que ocorrem atualmente. A inteligência artificial vem sendo aplicada em processos como recrutamento, triagem de currículos e análise de desempenho, tornando as decisões mais ágeis e alinhadas às reais necessidades das equipes.

Essas transformações reforçam que o papel do RH hoje é mais estratégico, equilibrando a adoção de tecnologias avançadas com uma gestão humanizada, que valoriza as pessoas e promove um ambiente colaborativo.

Se você deseja se aprofundar em como usar essas tendências no dia a dia do RH, não deixe de se inscrever para receber todas as atualizações em primeira mão!

BWG

BWG (Best Way Group) é um ecossistema de tecnologia de pessoas voltado para o RH e os desafios de quem trabalha com gente. O BWG oferece soluções que atendem às necessidades das novas formas de trabalho, como Folha de Pagamento, Consultoria & Corretora, Administradora de Benefícios, Agência de Comunicação Interna e Rede Social Corporativa.

Samarony Batista

Sou um profissional de Comunicação com 15 anos de experiência, sendo 6 deles só em empresas de tecnologia SaaS B2B. Graduei-me em Relações Públicas pela Universidade Federal do Amazonas e desde então tenho trilhado uma jornada focada em criar experiências positivas que conectam empresas aos seus públicos de forma autêntica. Atualmente, sou analista de marketing no BWG. Já atuei como relações-públicas na Justiça Federal, desempenhei o papel de coordenador de comunicação no CEST, assumi funções estratégicas como analista de comunicação interna na Zenvia e Movidesk, além de ter trabalhado como Customer Success na SocialBase e gestor de eventos na UEA.

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