Gestão de Saúde

Segurança no trabalho: quais ações o RH pode promover

A segurança no trabalho não depende apenas de equipamentos ou normas. Ela nasce de uma cultura de prevenção, do cuidado com as pessoas e do compromisso diário com a saúde física e emocional dos colaboradores. Nesse cenário, o RH é uma peça-chave para impulsionar iniciativas que evitam acidentes, reduzem afastamentos e fortalecem o bem-estar coletivo.

Um ambiente de trabalho seguro e a saúde ocupacional andam juntos e incluem não apenas a prevenção de acidentes, mas também a promoção da saúde mental, o cuidado ergonômico e o equilíbrio entre produtividade e qualidade de vida. E quando o RH atua de forma proativa, a empresa dá um passo importante na construção de um ambiente saudável e sustentável. Neste artigo vamos entender melhor como isso acontece.

Por que a segurança no trabalho é tarefa do RH?

Atitudes com cuidados diários fazem uma grande diferença. Quando isso não acontece, todos ficam mais suscetíveis aos acidentes. Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), em 2024, o Brasil registrou mais de 700 mil acidentes de trabalho. Os dados evidenciaram que as partes do corpo mais afetadas são as mãos, os braços e as pernas.

Embora existam áreas específicas como o Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT), o RH é o setor mais próximo dos colaboradores e compreende claramente as suas rotinas, desafios e necessidades.

Além disso, a segurança faz parte de um pilar maior: o de valorização do ser humano no ambiente corporativo. Quando uma empresa investe em práticas de prevenção, está dizendo na prática que se importa com quem faz o negócio acontecer.

Não se trata somente de cumprir normas regulamentadoras ou evitar multas, mas de cuidar da integridade física e emocional das equipes, reduzindo riscos, aumentando a confiança e fortalecendo a marca empregadora.

Ações que o RH pode realizar para obter segurança no trabalho

1. Diagnóstico de riscos com olhar humano

Trabalhar em conjunto com o SESMT para mapear os principais riscos ocupacionais é essencial. Mas o RH pode (e deve) contribuir com uma visão mais ampla, levando em consideração as percepções dos colaboradores, os dados de afastamentos, os feedbacks recebidos e as condições reais de trabalho. A partir desse diagnóstico, é possível criar ações personalizadas para cada setor da empresa.

2. Campanhas de educação e conscientização

O conhecimento é um dos maiores aliados da prevenção. Por isso, o RH pode promover campanhas regulares que abordam temas como:

  • Uso correto de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs);
  • Ergonomia no ambiente de trabalho;
  • Prevenção de doenças ocupacionais;
  • Saúde mental e emocional;
  • Importância das pausas ativas.

Essas ações podem ser feitas por meio de cartazes, vídeos, newsletters, palestras ou até rodas de conversa. Quanto mais próximas da realidade do time, maior o engajamento.

3. Treinamentos contínuos e integrados = mais segurança no trabalho

Oferecer treinamentos apenas na integração é um erro comum. A cultura de segurança precisa ser cultivada continuamente. O RH pode organizar capacitações periódicas com apoio de profissionais da área de segurança, abordando:

  • Primeiros socorros;
  • Prevenção de acidentes comuns no setor;
  • Procedimentos em caso de emergência;
  • Uso adequado de máquinas e ferramentas.

Além disso, é importante estimular que líderes participem desses momentos e sejam agentes de reforço dessa cultura no dia a dia.

4. Promoção da saúde ocupacional

A saúde ocupacional envolve ações preventivas que evitam doenças relacionadas ao trabalho, tanto físicas quanto mentais. O RH pode incluir no calendário da empresa iniciativas como:

Essas ações não apenas evitam afastamentos, como também aumentam a satisfação, o foco e o engajamento dos colaboradores.

5. Abertura para escuta e sugestões

Criar canais onde os colaboradores possam relatar situações de risco ou sugerir melhorias é uma das formas mais eficazes de prevenir acidentes. O RH pode implementar formulários anônimos, caixas de sugestões ou até momentos de conversa com as equipes, assim, os colaboradores ficarão mais à vontade para contribuir com ideias de mais segurança no trabalho.

Mais do que implantar esse tipo de canal, é fundamental que a empresa demonstre que está ouvindo, analisando e, sempre que possível, tomando medidas a partir das sugestões recebidas. Dar retorno é fundamental e incentiva as pessoas a participarem das ações.

6. Monitoramento e indicadores de saúde e segurança no trabalho

Para que as ações sejam eficazes, é preciso medir. O RH pode acompanhar indicadores como:

  • Número de afastamentos por acidentes ou doenças;
  • Tipos de ocorrências mais frequentes;
  • Adesão a treinamentos e campanhas;
  • Reclamações ergonômicas ou emocionais;
  • Satisfação com o ambiente de trabalho.

Com esses dados, é possível ajustar estratégias, direcionar investimentos e manter a segurança como prioridade constante.

Segurança no trabalho é cultura e o RH é seu principal guardião

Trabalhar com segurança é mais do que cumprir normas: é cuidar de vidas. E o RH está na linha de frente dessa missão. Por meio de ações simples, acessíveis e contínuas, é possível transformar a cultura da empresa, reduzir riscos e promover um ambiente onde todos se sintam protegidos e valorizados.

A prevenção de acidentes começa na forma como a empresa cuida de quem está ali todos os dias. E quando o RH lidera esse processo, ele fortalece não só a segurança, mas também o senso de pertencimento, a confiança e a reputação da organização.

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Tatiane Carvalho

Sou uma profissional apaixonada pela comunicação, mas a minha história começou por outro caminho. Graduada em Administração de Empresas pela Universidade Luterana do Brasil, de Canoas e pós graduada em Gestão Empresarial e Marketing, nunca abandonei o meu sonho de ser jornalista. Graduei-me em Jornalismo em 2023 pelo Centro Universitário Ritter dos Reis, de Porto Alegre. Fui auditora da ISO 9001 na gestão da qualidade de grandes construtoras por oito anos. Além de atuar como redatora desde 2020, tive a oportunidade de produzir um documentário na RBS TV, fui supervisora de redação na Amais Marketing Digital e estrategista de conteúdo na CM3 Comunicação. Atualmente, sou analista de marketing no BWG.

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