RH

Impactos da sinistralidade no plano de saúde empresarial

A sinistralidade é um termômetro importante da saúde corporativa. Quando bem acompanhada, ela se torna uma ferramenta estratégica que ajuda o RH a compreender o comportamento de uso do plano de saúde, promover ações preventivas e fortalecer a cultura de cuidado dentro da empresa.

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O que é sinistralidade no plano de saúde empresarial

Sinistralidade é um indicador que mede quanto uma empresa, por meio do uso dos beneficiários, consome financeiramente o plano de saúde contratado. Ela resulta da relação entre as despesas médicas e assistenciais (sinistros) e o valor total pago à operadora (prêmio) no mesmo período.​

A fórmula de cálculo é simples:

Sinistralidade (%) = (despesas assistenciais ÷ receitas com mensalidades) x100

Por exemplo: se a empresa paga R$ 100.000 em mensalidades e a operadora desembolsa R$ 150.000 em atendimentos, a sinistralidade é de 150%. Isso significa que o custo do uso superou em 50% o valor arrecadado, tornando o contrato financeiramente desequilibrado.​

As despesas consideradas nesse planejamento incluem consultas, exames, internações, terapias, partos e atendimentos de urgência. Quando a taxa ultrapassa o ponto de equilíbrio, a operadora tende a aplicar reajustes ou revisar condições contratuais para compensar o risco financeiro.​

É papel do RH controlar a sinistralidade estrategicamente para que o plano permaneça sustentável. Esse índice serve tanto para medir o comportamento de uso do benefício quanto para orientar decisões de negociação, prevenção e investimento em saúde corporativa.

Como a sinistralidade impacta os custos das empresas

O impacto da sinistralidade sobre os custos empresariais é direto e significativo. Quanto maior for o índice, maior será a tendência a ser o reajuste anual aplicado pela operadora no momento da renovação do contrato. Isso acontece porque a sinistralidade representa o nível de risco econômico do plano: quanto maior o consumo assistencial, maior o desequilíbrio entre receitas e despesas.​

Isso significa:

  • Contratos com sinistralidade acima do limite previsto recebem reajustes mais altos no ciclo seguinte.
  • Aumento dos custos de saúde consome recursos que poderiam ser destinados a outras ações de gestão de pessoas.
  • Dificuldade no planejamento financeiro, pois há variação imprevisível de custos torna o orçamento menos estável.

De acordo com dados da ANS divulgados em 2025, a sinistralidade média do setor médico-hospitalar foi de 81,1%. ​Além dos custos diretos, a alta sinistralidade pode gerar efeitos indiretos, como aumento de absenteísmo e queda do engajamento do tempo, especialmente quando medidas corretivas envolvem cortes ou restrições sem benefício. Por isso, o controle desse indicador é também uma questão estratégica para a área de RH.

Principais causas da alta sinistralidade

As causas mais comuns para o aumento da sinistralidade são comportamentais e estruturais, e envolvem tanto a falta de programas preventivos quanto a ausência de controle nos dados de uso.​

  • Falta de informação sobre como usar o plano de forma adequada.
  • Ausência de campanhas de prevenção e saúde corporativa.
  • Uso concentrado por poucos usuários de alto custo.
  • Falta de atendimento médico preventivo.
  • Problemas de saúde ocupacional e estresse no ambiente de trabalho.

A conscientização e o uso orientado do benefício podem fazer diferença significativa na sustentabilidade do plano.

Estratégias para controlar a sinistralidade

Existem diversas medidas que o setor de RH pode adotar para equilibrar a sinistralidade e manter a sustentabilidade do benefício, como:

  • Implementar programas de qualidade de vida e prevenção de doenças.
  • Desenvolver campanhas internas de educação sobre o uso do plano.
  • Promover exames preventivos, periódicos e ações de saúde mental.
  • Estabelecer uma política de coparticipação justa, que incentive o uso consciente.
  • Utilização de relatórios de monitoramento e monitoramento de gastos.
  • Contar com consultoria especializadas para renegociar contratos e condições.

Essas estratégias favorecem o controle financeiro e aumentam a percepção de valor do benefício pelos colaboradores.

Indicadores que o RH deve acompanhar

O acompanhamento de dados de sinistralidade é indispensável para uma gestão de benefícios mais eficaz. Entre os principais indicadores que devem ser monitorados podemos destacar:​

  • Evolução mensal da sinistralidade e projeção de reajuste.
  • Relação custo x receita por apólice.
  • Distribuição dos sinistros por faixa etária e tipo de uso.
  • Frequência de uso dos serviços (consultas, exames, urgências).
  • Números relacionados a absenteísmo e saúde mental.
  • Percentual de adesão a programas de prevenção e bem-estar.

Essas informações ajudam a identificar tendências e definir políticas de saúde mais homologadas ao perfil do tempo.

Perguntas frequentes sobre sinistralidade

Por que a sinistralidade elevada preocupa as operadoras?
Porque representa maior risco financeiro. Quanto mais gastos assistenciais foram registrados, maior o desequilíbrio entre receita e despesas do contrato.

Qual é o percentual ideal de sinistralidade?
Segundo a ANS, índices de até 75%. Valores acima disso sinalizam necessidade de reavaliação contratual.

Como o RH pode reduzir a sinistralidade sem cortar benefícios?
Com programas de prevenção, educação em saúde e campanhas de comunicação planejadas, é possível equilibrar o índice sem reduzir o que é oferecido.

A sinistralidade impacta diretamente a retenção de talentos?
Sim. Alterações recorrentes nos planos de saúde podem gerar insatisfação e influenciar a permanência de profissionais estratégicos.

Menos sinistralidade significa mais qualidade de vida para os colaboradores e maior previsibilidade financeira para a empresa. E se você precisar de apoio de uma empresa especializada em gestão de planos de saúde, nós podemos ajudar você.

O BWG

BWG (Best Way Group) é um ecossistema de tecnologia de pessoas voltado para o RH e os desafios de quem trabalha com gente. O BWG oferece soluções que atendem às necessidades das novas formas de trabalho, como Folha de Pagamento, Consultoria & Corretora, Administradora de Benefícios, Agência de Comunicação Interna e Rede Social Corporativa.

Samarony Batista

Sou um profissional de Comunicação com 15 anos de experiência, sendo 6 deles só em empresas de tecnologia SaaS B2B. Graduei-me em Relações Públicas pela Universidade Federal do Amazonas e desde então tenho trilhado uma jornada focada em criar experiências positivas que conectam empresas aos seus públicos de forma autêntica. Atualmente, sou analista de marketing no BWG. Já atuei como relações-públicas na Justiça Federal, desempenhei o papel de coordenador de comunicação no CEST, assumi funções estratégicas como analista de comunicação interna na Zenvia e Movidesk, além de ter trabalhado como Customer Success na SocialBase e gestor de eventos na UEA.

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