RH

Saúde mental nas empresas: um desafio que não pode ser ignorado

O debate sobre saúde mental nas empresas tem ganhado urgência diante do crescimento preocupante dos casos de burnout, estresse e absenteísmo, que afetam diretamente o ambiente de trabalho e os resultados nas empresas. 

Em 2025, o Brasil reconheceu oficialmente a Síndrome de Burnout como doença ocupacional, o que representa um marco para a atenção ao tema.

Nos primeiros quatro meses deste ano, as ações trabalhistas relacionadas ao burnout cresceram 14,5% em comparação ao mesmo período de 2024, um salto significativo que evidencia a dimensão do problema no Brasil. Essa realidade indica o quanto o cuidado com a saúde mental deve ser prioridade no planejamento estratégico das empresas.

O que é um programa de saúde mental efetivo nas empresas?

É comum confundir campanhas de conscientização isoladas com um programa consistente. A diferença está na intencionalidade e na integração com a cultura da empresa. 

Um programa de saúde mental começa com um diagnóstico, que pode envolver pesquisas de clima, análise de absenteísmo, acompanhamento de dados do uso de benefício de saúde e conversas com os colaboradores.

O RH precisa ser protagonista nesse levantamento, criando espaços de escuta verdadeira e identificando vulnerabilidades. 

As ações, para serem eficazes, devem formar um ecossistema de suporte: canais de escuta ativa e sigilosa, jornadas de desenvolvimento para líderes e equipes, implementação de políticas claras contra o estigma, acesso ampliado a profissionais de saúde mental e campanhas constantes para reforçar o compromisso.

Não basta criar campanhas de Setembro Amarelo se, no dia a dia, não se vive essa preocupação com a saúde mental nas empresas.

Onde o RH tropeça no programa de saúde mental nas empresas

O maior desafio para avançar na saúde mental nas empresas é não tratar o tema só como uma moda passageira ou uma obrigação que precisa cumprir. Muitas vezes, o RH está cheio de tarefas e acaba apostando naquela ação única no ano, como “evento de conscientização”, mas sem dar continuidade ou um suporte real depois. 

Outro problema é usar uma linguagem que valoriza demais a ideia de ‘aguentar firme a qualquer custo’, como se sentir mal fosse fraqueza, isso só reforça um pensamento que não ajuda ninguém. 

O RH tem um papel importante de questionar esse tipo de fala e comportamento, rever as metas e cobranças que acabam pressionando demais as pessoas, e criar políticas que realmente cuidem do desligamento de quem sai da empresa, além de apoiar quem volta a trabalhar.

O trabalho do RH faz toda a diferença na imagem da empresa. Quando as pessoas se sentem cuidadas e seguras para falar, o clima organizacional melhora de verdade. 

Os líderes também ganham, aprendendo a lidar com o próprio estresse e a acolher as dificuldades da equipe. E esse ambiente de confiança abre caminho para resultados mais consistentes e duradouros.

Para o RH liderar essa transformação, é importante seguir algumas etapas:

Tenha um diagnóstico: invista em ouvir as pessoas, com pesquisas e conversas, e observe os dados de ausências para entender o que está acontecendo de verdade.

Conte com as lideranças: é fundamental que os líderes estejam por dentro e deem o exemplo no cuidado com a saúde mental, mostrando que esse é um valor real e praticado.

Crie canais de apoio acessíveis: espaços seguros onde qualquer pessoa possa buscar ajuda, sem medo de ser julgada ou penalizada.

Atualize seus benefícios: conte com profissionais especializados, como psicólogos, e use ferramentas e convênios que ampliem o suporte disponível.

Comunique com transparência: fale do assunto ao longo do ano, sempre com transparência, mostrando dados e relatos reais que reforcem a importância do cuidado coletivo.

Avalie e ajuste: acompanhe os resultados, tenha flexibilidade para ajustar o que for preciso e mantenha o programa sempre alinhado com as necessidades que aparecerem.

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Pensar sobre bem-estar no trabalho não é mais apenas uma questão de conforto, e sim uma questão crítica de sustentabilidade dos negócios e da estratégia de RH. Para você ter ideia, dados mostram que 2 em cada 5 pessoas se sentem tensas ou estressadas durante o período de trabalho.

Mas a pergunta que fica é: Como é possível implementar uma cultura de bem-estar que impacta as empresas, o engajamento, a diminuição do turnover e que esteja adequada à nova NR-1? Você vai descobrir neste e-book gratuito →

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Samarony Batista

Sou um profissional de Comunicação com 15 anos de experiência, sendo 6 deles só em empresas de tecnologia SaaS B2B. Graduei-me em Relações Públicas pela Universidade Federal do Amazonas e desde então tenho trilhado uma jornada focada em criar experiências positivas que conectam empresas aos seus públicos de forma autêntica. Atualmente, sou analista de marketing no BWG. Já atuei como relações-públicas na Justiça Federal, desempenhei o papel de coordenador de comunicação no CEST, assumi funções estratégicas como analista de comunicação interna na Zenvia e Movidesk, além de ter trabalhado como Customer Success na SocialBase e gestor de eventos na UEA.

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