Os indicadores de RH são como um painel de controle para o departamento de pessoas – eles mostram em tempo real como estão o engajamento, a produtividade e a retenção de talentos, dando ao RH informações valiosas para tomar decisões estratégicas.
Essas métricas ajudam o RH a identificar problemas antes que se tornem críticos, justificar investimentos em melhorias e comprovar o impacto das ações de gestão de pessoas
Selecionamos 5 indicadores que todo RH precisa dominar para atuar de forma mais estratégica e resultados mais tangíveis. Vamos conhecê-los?
5 indicadores de RH
1. Índice de rotatividade
O índice de rotatividade, conhecido também como turnover, representa a porcentagem de colaboradores demitidos e admitidos. Ou seja, quantos entram e quantos saem em um período delimitado. Esse índice pode esclarecer, por exemplo, como está o seu processo de seleção de novos talentos. Ainda assim, o índice permite avaliar os níveis de atração e diferenciais da empresa perante a concorrência.
Sua empresa possui benefícios atrativos para os funcionários? Há um plano de carreira bem definido? Tais questões precisam ser avaliadas, pois refletem diretamente no aumento ou redução do Turnover.
O cálculo de turnover pode variar conforme o que a empresa deseja analisar. A classificação de turnover pode ser voltada para diferentes tipos:
- Voluntário: quando o colaborador pede desligamento;
- Involuntário: quando a empresa decide pelo desligamento;
- Funcional: quando o desligamento é benéfico para a empresa, resolvendo problemas de baixa produtividade;
- Disfuncional: quando um colaborador de alto desempenho solicita o desligamento, causando um impacto negativo.
Definir um objetivo para o cálculo é importante para escolher a melhor forma de aplicá-lo. De maneira geral, existe o que se chama de cálculo de turnover tradicional ou geral, que segue a seguinte estrutura:
(Admissões mensais + desligamentos mensais / total de colaboradores) X 100
Para saber se o resultado é positivo, consulte a média de turnover em empresas semelhantes, sendo que o valor não deve estar acima de 5% da média.
Dica: O cálculo pode variar em relação ao período (mensal, semestral ou anual) e pode ser aplicado separadamente em cada área da empresa para identificar áreas que demandam mais atenção do RH.
2. Taxa de absenteísmo
O absenteísmo é um dos principais indicadores que afetam a produtividade das empresas, além de impactar diretamente os custos com a folha de pagamento. Monitorar e entender as causas dessa métrica é importante para uma gestão mais eficiente dos recursos e da operacionalização da empresa.
A taxa de absenteísmo refere-se à ausência de colaboradores no trabalho durante o horário estabelecido, seja por motivos justificados ou não.
Para calculá-la, utilizamos a seguinte fórmula:
Taxa de absenteísmo (%) = (número de ausências / total de horas trabalhadas) x 100
Por exemplo, se uma equipe teve 80 horas de ausências em um mês e trabalhou 8.000 horas no total, a taxa de absenteísmo será de 1%. Este índice ajuda a empresa a avaliar a frequência de ausências e o impacto delas no desempenho geral.
Diversos fatores influenciam o absenteísmo no ambiente de trabalho. Alguns deles são:
- Doenças e problemas de saúde: gripes, viroses e, principalmente, questões de saúde mental são grandes responsáveis por ausências.
- Problemas pessoais: dificuldades familiares, problemas financeiros e questões de transporte podem resultar em faltas inesperadas.
- Desmotivação: a insatisfação com o ambiente de trabalho ou com a gestão pode aumentar as taxas de absenteísmo.
Segundo o INSS, só em 2023, mais de 288 mil pessoas foram afastadas do trabalho por questões relacionadas à saúde mental no Brasil. Esses números reforçam a importância de as empresas promoverem programas de bem-estar e oferecerem suporte psicológico, visando à redução dessas ausências e do impacto que elas geram tanto para o colaborador quanto para a organização.
3. Índice de satisfação dos colaboradores
Otimizar a experiência dos colaboradores na empresa é uma das premissas do endomarketing. Mas, para que as ações sejam corretamente aplicadas, é preciso avaliar o índice de satisfação dos colaboradores.
Ao compreender o nível de engajamento entre empresa e colaboradores, é possível traçar ações mais assertivas, resultando em maior produtividade.
Uma das maneiras de medir a satisfação dos colaboradores é por meio do eNPS (Employee Net Promoter Score). A avaliação é realizada com os seguintes questionamentos:
- De 0 a 10, o quanto recomendaria seu atual local de trabalho para um amigo?
- De 0 a 10, o quanto recomendaria seu superior como uma boa pessoa para trabalhar?
As respostas dadas classificarão os colaboradores em três grupos:
- Promotores (escala de 9 a 10): funcionários realmente apaixonados pela empresa;
- Neutros (escala de 7 a 8);
- Detratores (escala de 0 a 6): funcionários completamente insatisfeitos com o trabalho.
A partir do levantamento dos dados, cabe ao gestor analisá-los e, quando necessário, rever processos, pacotes de benefícios e outras ações que elevem a satisfação profissional.
4. Índice de retenção de talentos
Para qualificar melhor seus profissionais, as empresas focam suas ações em treinamentos internos e externos, workshops e outros processos de capacitação. O intuito, neste caso, é agregar valor ao colaborador, para que este consiga exercer suas tarefas com total eficácia e também reter talentos.
Quando esse colaborador pede demissão, por exemplo, além de gerar intercorrências no processo produtivo, há também um desperdício de recursos, uma vez que houve investimento em qualificação e perda da mão de obra qualificada.
Mas como avaliar os índices de retenção de talentos? Uma maneira assertiva é analisar cada setor de forma independente. Assim, é possível criar estratégias direcionadas às dificuldades de cada departamento afetado pela saída de colaboradores.
Como calcular?
Para determinar a retenção real, subtraia do total de funcionários no final do período o número de novas contratações realizadas durante o período.
5. Produtividade
Uma pesquisa realizada pela Universidade da Califórnia destaca a importância da felicidade e satisfação dos colaboradores para a produtividade e criatividade no local de trabalho. Os dados revelam que colaboradores felizes podem ser até 31% mais produtivos, três vezes mais criativos e apresentam uma capacidade de venda 37% maior em comparação com aqueles que não estão satisfeitos.
Colaboradores saudáveis são mais produtivos, engajados e têm menos faltas por motivos de saúde, o que contribui para um ambiente de trabalho mais positivo e produtivo.
É interessante considerar que estar disponível no ambiente de trabalho por 8 horas diárias não significa, de fato, ser produtivo.
Para avaliar com clareza os níveis de produtividade da equipe, o mais acertado é analisar questões como cumprimento de prazos junto ao cliente, gargalos no processo produtivo, satisfação geral dos clientes, redução de custos, dentre outros.
Existem muitas fórmulas capazes de mensurar os índices de produtividade, algumas delas específicas para cada setor empresarial. Uma das possibilidades para definir a porcentagem de produtividade no trabalho é a seguinte:
Produtividade = (produtos ou serviços gerados) / (recursos utilizados)
Já está acompanhando esses indicadores de RH?
Os indicadores de RH que apresentamos podem revelar oportunidades para fortalecer sua equipe e impulsionar resultados. Quando o RH interpreta os dados corretamente, eles permitem tomar decisões estratégicas com mais confiança, antecipar desafios e criar um ambiente de trabalho mais produtivo e engajador.
Se você quer transformar essas ideias em ações práticas para sua empresa, nossos especialistas podem ajudar você a implementar uma cultura orientada por dados no RH.
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